Pagando ônibus no crédito e débito em SP
Metrô e CPTM também adquiriram novos métodos de pagamento e passagens podem ser pagas por meio de QR Code.
Um projeto-piloto da Prefeitura de São Paulo permitirá que tarifas de ônibus sejam pagas com cartões de crédito e débito a partir de segunda-feira (16).
Para utilizar o novo sistema é necessário ter um cartão de crédito ou débito ou qualquer equipamento eletrônico que tenha tecnologia de pagamento por aproximação, como smartwatches e celulares.
A cobrança é feita assim que o passageiro encosta o equipamento ou o cartão no validador do ônibus, como é feito com o Bilhete Único. Por enquanto, as bandeiras de cartão aceitas são Mastercard e Visa.
A cidade de São Paulo é a que mais utiliza a tecnologia por aproximação no Brasil, de acordo com a Visa Consulting & Analytic. Em 2019, o uso da solução cresceu 600% em comparação ao ano de 2018.
“Não tenho a menor dúvida de que vai ajudar a revolucionar o sistema da cidade de São Paulo”, disse o prefeito Bruno Covas (PSDB).
Esse novo método, porém, não possibilita o uso de mais de um ônibus por tarifa nem integração com trens e Metrô, como acontece com o Bilhete Único. “O sistema ainda não permite essa leitura e inteligência de que a pessoa já passou por essa outra perna. Por enquanto, é um período de teste”, disse Covas.
O projeto-piloto terá duração de 3 meses ou até que atinja 500 mil transações. Ele englobará 12 linhas de ônibus, o que corresponde a cerca de 200 veículos, que atendem cerca de 2,9 milhões de passageiros por mês, segundo a Prefeitura.
As linhas que participarão do projeto são:
917M/10 - Metrô Ana Rosa/Morro Grande
917M/31 - Metrô Ana Rosa/ Morro Grande
9500/10 - Praça do Correio/Terminal Cachoeirinha
9300/10 - Terminal Parque Dom Pedro II/Terminal Casa Verde
908T/10 - Butantã/Parque Dom Pedro II
2002/10 - Terminal Bandeira/Parque Dom Pedro II
2590/10 - Parque Dom Pedro II/União VI. Nova
4031/10 - Metrô Tamanduateí/Parque Santa Madalena
5129/10 - Terminal Guarapiranga/Jardim Miriam
5129/41 - Santo Amaro/Jardim Miriam, 6030/10 -Terminal Santo Amaro/UNISA-CAMPUS 1
675R/10 - Metrô Jabaquara/Grajaú
715M/10 - Largo da Pólvora/Jardim Maria Luiza
807M/10 - Shopping Morumbi/Terminal Campo Limpo
O secretário de mobilidade e transporte, Edson Caram, disse que o projeto será custeado pelas empresas de cartão de crédito. “Isso será feito sem custo para a Prefeitura ou SPTrans. É uma iniciativa das bandeiras”, disse.
Em relação ao pagamento, as bandeiras irão lucrar cerca de 3% em cada passagem, porém durante a fase de testes nada será retido.
Quando questionado se o pagamento no cartão irá diminuir o número de cobradores nos ônibus, Covas respondeu: “Eu acho que não faz mais sentido hoje. Menos de 5% das passagens são pagas em dinheiro”, disse.
Metrô e CPTM
Há uma semana o governo de São Paulo começou a testar o bilhete unitário com QR Code em sete estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô. Existem três formas de se utilizar a tecnologia: com o cartão de crédito por meio do aplicativo VouD, com o cartão de débito nas máquinas de autoatendimento e com dinheiro nas bilheterias das estações.
Depois de comprar o código, deve-se abrir o QR Code na tela do celular e passar nos bloqueios das estações que participam do projeto-piloto.
Com duração de 45 dias, o projeto-piloto é feito em parceria com o Consórcio Metropolitano de Transportes (CMT), sem custo para o governo do estado, e operacionalizado pela Autopass.
Desde o início do período de testes até a última terça-feira (10) já foram vendidos 21.847 bilhetes com QR Code. Destes, 91% foram comprados em bilheterias, 6,1% em máquinas de autoatendimento e 3% por meio do aplicativo.
As estações que participam do projeto são: Autódromo (Linha 9-Esmeralda), Tamanduateí (Linha 10-Turquesa), Dom Bosco (Linha 11-Coral) e Aeroporto-Guarulhos (Linha 13-Jade). No Metrô, o novo serviço pode ser testado nas estações São Judas (Linha 1-Azul), Paraíso (linha 1-Azul e 2-Verde) e Pedro II (Linha 3-Vermelha).
Os bilhetes têm validade até o dia 18 de outubro, quando termina o período de testes, mas a recomendação é que sejam utilizados em até 72 horas após a compra.
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