Já sabíamos que era uma questão de tempo, apesar de não esperarmos que isto acontecesse tão depressa. A verdade é que no ano de 2020 foram vendidos mais SSDs do que discos rígidos convencionais, aqueles que habitualmente chamamos de HDDs.

Segundo as informações que estão a ser avançadas pelo Trendfocus, graças ao aumento na demanda devido ao funcionamento inteligente (e não só), os SSDs vendidos chegaram aos 333 milhões de unidades, superando assim os antigos discos rígidos, que venderam perto de 260 milhões de unidades. Isso significa que o mercado de SSDs cresceu 20,8%, enquanto os HDDs tiveram um declínio acentuado, de 18%. Neste contexto, o segmento SSD Enterprise apresentou um certo declínio devido à quebra da procura que, ao mesmo tempo, foi contrabalançada por produtos direcionados para o consumidor final, liderados sobretudo por modelos com o formato M.2.

Já se vendem mais unidades SSD do que HDD

A grande desvantagem dos SSD em relação aos HDD continua a ser o seu preço por GB, que ainda é mais elevado, e isso significa que os utilizadores tendem a diminuir a capacidade de armazenamento dos seus dispositivos.

Quando até há cerca de um ano, a capacidade média de um HDD vendido era a de 2TB, agora a capacidade média de um SSD vendido está em torno dos 673GB. Isso é ainda mais notório se tivermos em consideração a capacidade média por disco que foi vendido em 2020, que aumentou para 4TB, enquanto no total o espaço de armazenamento vendido excedeu o zetabyte, para ser preciso 1.018 exabytes.  Para comparação, todos os 333 milhões de SSDs vendidos em 2020 somam apenas 207 exabytes (1 exabyte = 1×10 9 bytes).

Em suma, os SSDs parecem estar no caminho certo para substituir permanentemente os discos rígidos que, pelo menos de momento, continuam a ser a melhor escolha em termos econômicos quando se trata de sistemas com alta capacidade de armazenamento.