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Primeiras impressões: Days Gone


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Days Gone, próximo exclusivo do PlayStation 4 cujo lançamento está marcado para o dia 26 de abril, é um game de ação e sobrevivência em mundo aberto com elementos de Survival Horror.

IGN Brasil teve acesso a uma versão do game que é quase a final e, agora, chegou a hora de compartilhar com você, leitor, o que achamos do jogo.

História

Após uma pandemia global ter transformado milhões de seres humanos em criaturas canibais, ou Freakers, aqueles que não foram infectados se isolaram e criaram Zonas Seguras, onde não há infecção.

O jogador controla Deacon St. John, um dos humanos sobreviventes, que acaba se separando da esposa durante o ápice da epidemia e depois acaba se convencendo de que ela morreu. No entanto, será que ele pode estar errado? Este é o mistério principal da trama, que serve como justificativa para o estado psicológico do protagonista e também norteia as missões principais. Afinal, ele quer descobrir o que aconteceu e como aconteceu.

Na abertura do jogo, as expressões faciais dos personagens chamam atenção. Quando a câmera foca no rosto de alguém, a emoção que esta "pessoa" está sentindo fica estampada; chega a chocar de tão realista. Quando alguém fala e mexe a boca ou a sobrancelha, não chega a ser tão fora da curva em comparação com outros jogos. Agora, quando um olhar precisa dizer alguma coisa ou o jogador precisa ser convencido de que aquela situação tem muito peso dramático para os envolvidos, é incrível.

Voltando a falar sobre o enredo em si: não chega a ser uma história tão original. Já vimos variações desse conceito em filme e jogos, mas é a maneira como tudo se desenvolve que pode acabar sendo interessante. O único traço de personalidade que eu realmente gostei do Deacon é que ele parece se divertir um pouco com a violência. Ele curte olhar para o inimigo e falar: “agora, como eu vou te matar?”. Quando ele é só um motoqueiro em busca da amada, não tem muito o que criticar ou elogiar. A princípio, não achei os personagens, no geral, tão carismáticos, mas vale lembrar que eu joguei um trecho bem pequeno da história. Só de missões “principais” o diretor me falou que vão ser pelo menos trinta horas.

Missões

Deacon já está nesse mundo faz tempo, então, conhece várias pessoas. A cada personagem importante que ele encontra -- normalmente são donos de Zonas Seguras -- o jogador abre uma “história” daquele personagem. É igual GTA. Se você conhece a Joana, surge um ponto no mapa onde você faz as missões dela. Todas as “storylines” ficam disponíveis no menu e você pode checar o progresso de cada uma delas quando quiser.

Esse sistema funciona muito bem, porque evita uma hierarquia de “importância” das missões. Você simplesmente vai querer fazer primeiro as do personagem com quem mais simpatizou e depois tocar as demais adiante.

Assim, o jogo evita aquela sensação de que o jogador está “perdendo tempo”. Tudo parece ser igualmente relevante e você simplesmente vai fazendo primeiro as missões que quer mais e depois as que sobraram. Eventualmente, o jogador pode acabar recebendo uma chamada no rádio que vai dar origem a alguma quest relacionada diretamente ao paradeiro da esposa do protagonista. Só aí que é quase inevitável priorizar alguma coisa. Além disso, claro, essa ligação que te leva pra uma missão fundamental só chega se você estiver progredindo nas demais storylines. Ao que tudo indica, houve bastante preocupação com manter um equilíbrio neste sentido. As missões funcionam tanto para quem gosta quanto não gosta de sidequest.

Progressão

O diretor de Days Gone, Jeff Ross, deixou bem claro, durante o evento no qual o IGN Brasil pode jogar, que a progressão testada por nós nos Estados Unidos não é 100% igual a do jogo final, embora dê uma boa ideia de como vai ser.

Para começar, Deacon possui três árvores de habilidade: combate físico, longa distância e sobrevivência. Cada árvore tem mais de quinze habilidades que você desbloqueia com pontos. Tudo é bem funcional. Você soma experiência, conquista pontos e desbloqueia novas habilidades. Nenhuma das que eu tive acesso exigia tantos pontos, então, tudo se resume a priorizar o que favorece seu estilo.

Por exemplo: eu escolhi a opção de unir ataques físicos com tiros para criar combos, além de habilitar uma função que deixa os elementos de interação do mapa visíveis por mais tempo após usar o “foco”. Você talvez prefira investir mais em ataques de Longa Distância. Vai de cada um. Além disso, cada Zona Segura conta com “lojinhas”. Nessas lojinhas, o jogador pode vender itens coletados -- como orelhas dos Freakers derrotados ao longo da jornada -- para ganhar dinheiro e confiança. Quanto mais dinheiro e confiança Deacon tem, mais opções surgem para comprar novas armas, melhorar a motocicleta, adquirir alimentos que trazem benefícios e curam saúde e assim por diante.

Exploração e Sobrevivência

Mundo aberto é o que não faltou nesta geração e Days Gone traz mais um. No entanto, ao contrário de Red Dead e GTA, o mapa do jogo se parece muito mais com o de The Evil Within 2 -- só que menos sombrio.

Por todos os lados existem criaturas famintas que estão atentas a cada barulho, humanos prontos para te emboscar e roubar seus itens, animais selvagens preparados para atacar e assim por diante. Quando você está pilotando a moto, que é praticamente o segundo personagem mais importante do jogo, é difícil sentir medo. Agora, quando a gasolina acaba ou as peças precisam de conserto, bate um desespero.

É possível encontrar vários materiais pra construção de itens, peças automotivas e até mesmo gasolina enquanto o personagem explora lojas ou analisa outros veículos. Embora seja possível guardar as peças de conserto no inventário, a gasolina precisa ser carregada no braço até a moto. O caminho pode ser muito, mas muito complicado mesmo.

Em alguns casos, acaba parecendo muito mais fácil simplesmente jogar o combustível na direção dos inimigos e atirar para que eles morram mais depressa. No entanto, se fizer isso, você precisa andar e carregar a moto até outro local, onde talvez existam mais itens. Este fator de sobrevivência funciona muito bem em Days Gone, como era de se esperar. Os materiais nem são tão escassos, mas o jogador precisa refletir pelo menos um pouco antes de criar itens ou arrumar a moto.

Rola uma constante pressão para você conseguir coletar o máximo de coisas sem fazer barulho e só depois elaborar uma estratégia para sair daquela situação. Aliás, cuidado: existe um limite para cada tipo de material no inventário. Algumas pessoas podem gostar e outras talvez detestem, mas esse clima é perfeito para o jogo.

A melhor maneira de encontrar objetos de interação no cenário é utilizando o modo foco. Esta ideia também não é original do game, mas foi bem aplicada. Ao chegar em um ponto de interesse, é só ativar o foco para ver com quais elementos Deacon consegue interagir. Enquanto explora o mapa, o jogador desbloqueia diversas áreas e encontra também os pontos de infecção. Um dos objetivos paralelos do game, inclusive, é destruir todos os pontos de áreas específicas.

Em tese é bem fácil: você arremessa um coquetel molotov e já era. Só que quando isso acontece, alguns Freakers partem para cima do jogador do nada e é complicado lutar com mais de três ao mesmo tempo. Reforço: cuidado acaba sendo essencial e isso é fundamental para a proposta do título.

Combate

Todo mundo pós-apocalíptico conta com criaturas terríveis e também outros monstros que não são humanos. Em Days Gone, as maneiras de enfrentar cada inimigo não variam muito; estratégias parecidas costumam funcionar contra todos — menos animais selvagens. Para compensar pela similaridade excessiva entre inimigos racionais e irracionais, o jogo oferece ferramentas que estimulam a utilização da criatividade por parte do jogador.

Ao chegar em um posto de gasolina abandonado, por exemplo, Deacon pode simplesmente sair atirando em todo mundo. Apesar desta possibilidade, a furtividade pode acabar sendo a opção mais inteligente. Uma estratégia básica é jogar uma pedra, esperar o inimigo ir até o local onde a pedra caiu e realizar uma finalização furtiva. No entanto, como Days Gone conta com vários inimigos, isso pode não funcionar.

Como pedras podem acabar chamando a atenção de no máximo dois adversários de uma só vez, o jogo proporciona outras ferramentas de distração que ficam disponíveis na roda de armas e dispositivos. Tem de tudo: bombas de fumaça para fuga, aparelhos sonoros para atrair a atenção de todos que estiverem por perto e muito mais. Para eliminar muitos inimigos de uma só vez, o ideal é reunir vários deles em um ponto e arremessar uma bomba.

Há vários explosivos, entre os quais, claro, aparecem aqueles mais clássicos: granadas, coquetel molotov e dinamites. Quando você consegue usar um deles e elimina mais de cinco inimigos de uma vez, a sensação de satisfação é simplesmente maravilhosa.

Felizmente ou infelizmente, outra opção para eliminar inimigos -- neste caso, contando até mesmo os animais selvagens -- é sair atropelando todo mundo. Isso danifica a moto, portanto, é arriscado, mas pode compensar. Aliás, atropelar acaba sendo uma opção até mesmo na caça e, mesmo sabendo que muitas pessoas talvez não liguem para caçar animais, me deixou incomodado a facilidade com que você pode simplesmente matar um animal com a moto e pegar a carne dele como se não fizesse diferença.

Além de tiros e atropelamentos, os ataques físicos também são uma opção. Além da faca de sobrevivência, o jogador encontra pelo mundo vários itens de combate corpo a corpo. Todos esses itens -- que incluem tacos e pedaços de pau -- possuem uma vida útil limitada, ao contrário da faca. É importante pensar bem em quando vale a pena utilizá-los para não ficar indefeso depois.

Inimigos

Não pense que os Freakers são como os zumbis de Resident Evil. Eles são bem mais rápidos e possuem ataques com alcance muito maior. Como os tiros de doze, por exemplo, não chegam a causar tanto dano em mais de um ao mesmo tempo, é bom sempre tomar cuidado com a distância. Como já falei, é complicado enfrentar um grupo de Freakers, mesmo que pequeno. Agora, imagine uma horda inteira. Dezenas de Freakers vindo na sua direção como uma onda gigante. Parece assustador?

Você não tem ideia. Durante a noite, as florestas ficam tomadas por esses bichos insuportáveis e você pode acabar dando de cara com uma horda do nada. Dá muita raiva, mas no bom sentido. É muito legal.

Na primeira vez, eu fui parar no meio de uma horda por engano enquanto dirigia a moto e o jogo nem me deu chance de lutar -- nem faria sentido me dar chance de lutar. Eu simplesmente morri. Depois, quando vi a horda de longe e consegui me planejar, utilizei armadilhas e explosivos para manter eles longe e consegui matar todos.

Se você souber controlar a distância entre Deacon e os inimigos, enfrentar as hordas acaba sendo um pouco mais tranquilo. No entanto, se você for alcançado, é morte certa. Além disso, outros inimigos podem aparecer atrás dele do nada e complicar muito a vida do jogador. As hordas são, de longe, o principal ponto positivo de Days Gone. É inacreditável a quantidade de inimigos que surgem na tela e quão intimidadores todos eles parecem quando estão juntos.

É fascinante. Dá até dó de quebrar aquele amontoado de monstros tropeçando uns nos outros; todos atrás de você. É bonito demais, mas também extremamente perigoso, então, aprecie com moderação. Um último detalhe que quero ressaltar aqui é que, entre os inimigos, aparecem alguns monstros mais jovens -- alguns parecem pré-adolescentes transformados.

Tive uma primeira sensação ruim quando enfrentei um desses monstros menores pela primeira vez, mas pensando no fim do mundo retratado no game, faz sentido que pessoas de todas as idades tenham sido infectadas. Esses mais novos costumam aparecer nos telhados de prédios e são muito mais ágeis do que os demais, mas também muito mais fracos. Talvez seja chocante demais para algumas pessoas, mas pode acabar sendo algo interessante para outras.

Fonte: IGN Brasil

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