ESA se opõe à criação de “arquivo digital de jogos online”

A Associação de Software Eletrônico (ESA) negou o apoio à ideia de auxiliar bibliotecas na conservação de jogos online obsoletos. O advogado Steve Englund afirmou que os membros da ESA, que incluem grandes editoras como Sony, Nintendo e Microsoft, não iriam apoiar o fornecimento desses produtos de forma remota.

Essa falta de suporte implica que os desenvolvedores não têm obrigação legal de manter o acesso além do suporte oficial, o que resulta em muitos jogos se tornando inacessíveis. Embora haja esforços de fãs para revitalizar jogos abandonados, ainda há barreiras legais.

Vale ressaltar que a conservação dos jogos online não se limita apenas aos jogos lançados antes de 2024. No futuro, muitos títulos podem deixar de funcionar, como um próximo Call of Duty de sucesso, seja por problemas com a plataforma ou outros motivos.

Será que há uma solução para a conservação dos jogos online?

Englund propôs envolver universidades da Ivy League para estabelecer um local de pesquisa dedicado à conservação de jogos online. No entanto, ele descartou a criação de um simples arquivo para esses jogos, já que isso seria considerado “progresso insatisfatório”.

Buscando contornar a situação, o advogado do Sistema Avançado de Proteção contra Pirataria (uma padronização pós-DVD), Mike Ayes, buscava mudanças significativas nas regras de conservação, levantando preocupações sobre a supervisão e eficácia de locais físicos para a preservação.

Seguindo essa linha de raciocínio, o diretor da Fundação de História dos Videogames, Phil Salvador, destacou as limitações das bibliotecas públicas em termos de pessoal e disponibilidade para a preservação.

Por outro lado, a advogada de tecnologia, Kendra Albert, criticou a postura da ESA, argumentando contra a desconsideração dos esforços de conservação acadêmica. No final das contas, se alguns jogos online se perderem com o tempo, eles entrarão em um limbo definitivo.