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  • Anistia Internacional confirma infecção de iPhones de jornalistas indianos pelo Spyware Pegasus

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    iPhones pertencentes a jornalistas e opositores do atual governo indiano foram infectados pelo spyware Pegasus, conforme relatório divulgado na quinta-feira (28) pela Anistia Internacional, uma organização sem fins lucrativos de defesa dos direitos humanos. Essa informação confirma os avisos prévios dados pela Apple no final de outubro.

    De acordo com Donncha Ó Cearbhaill, chefe do Laboratório de Segurança da Anistia Internacional, “nossas descobertas mais recentes mostram que os jornalistas na Índia estão cada vez mais enfrentando a ameaça da vigilância ilegal enquanto realizam seu trabalho, juntamente com outras formas de repressão, como prisões injustas, campanhas difamatórias, assédio e intimidação”, conforme publicação em um blog.

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    Imagem: T. Schneider/Shutterstock.com

    Em outubro, quando a Apple alertou sobre possíveis ataques patrocinados pelo Estado, autoridades do governo do primeiro-ministro Narendra Modi questionaram publicamente as conclusões da empresa e anunciaram uma investigação sobre a segurança dos dispositivos da marca. No entanto, a Índia nunca se posicionou sobre o uso do spyware Pegasus, desenvolvido pelo NSO Group.

    Ó Cearbhaill acrescentou que “apesar das revelações contínuas, há uma vergonhosa falta de responsabilidade em relação ao uso do spyware Pegasus na Índia, o que apenas aumenta a sensação de impunidade em relação a essas violações dos direitos humanos”.

    Caso de spyware Pegasus na Índia: um desafio para a Apple

    Segundo o Washington Post, a divulgação das descobertas pela Anistia Internacional colocou ainda mais pressão sobre os altos funcionários da Apple, com o governo de Modi exigindo que a empresa amenizasse o impacto político causado pelas advertências. Isso incluiu a apresentação de explicações alternativas e reuniões com líderes do ministério.

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    Imagem: humphery / Shutterstock.com

    Segundo o Post, a campanha para minimizar o impacto dos alertas, embora tenha incomodado executivos da Apple na Califórnia, foi pouco eficaz. Foram feitas apenas declarações, em parte, sugerindo que alguns alertas poderiam ser falsos positivos, sem uma declaração de acompanhamento para tranquilizar as autoridades indianas após a visita do especialista em segurança da Apple convocado pelo governo.

    O Post também destaca que “muitas das mais de 20 pessoas que receberam os alertas da Apple no final de outubro criticaram publicamente Modi ou seu aliado de longa data, Gautam Adani, um magnata indiano do setor de energia e infraestrutura. Entre elas estão um político inflamado do estado de Bengala Ocidental, um líder comunista do sul da Índia e um porta-voz do maior partido de oposição do país, com sede em Nova Délhi”.

    Esse episódio não apenas evidenciou os perigos enfrentados pelos críticos do governo Modi e as medidas que o governo está disposto a tomar para desviar suspeitas de seu envolvimento com spywares, como o Pegasus, contra supostos inimigos, como afirmam grupos de direitos digitais, trabalhadores do setor e jornalistas indianos, mas também testou a postura da Apple quanto à segurança dos usuários, arriscando a expansão de seus negócios na região.

    Segundo analistas do JP Morgan, a empresa planeja transferir 25% da produção do iPhone até 2025.

    Via TechCrunch


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