Anunciado durante o State of Play de fevereiro, The Foglands surgiu como uma experiência promissora e um dos grandes projetos para o PS VR2 em seu primeiro ano. No entanto, a expectativa foi maior do que a realidade, e os fãs provavelmente estão decepcionados.
Esse jogo roguelike em realidade virtual tem seus pontos positivos, mas também apresenta uma aventura pouco convidativa. Embora seja funcional em todas as plataformas compatíveis, ele possui vários problemas que não podem ser ignorados.
O mundo coberto por uma névoa
Um nevoeiro misterioso tomou conta do planeta, forçando os habitantes a se refugiarem no subsolo para evitar criaturas assustadoras e caçadores enlouquecidos. Agora, os centros de resistência são liderados pelo Estranho, uma entidade que guia um trem espiritual que conecta os últimos abrigos da humanidade. Além disso, o nevoeiro está consumindo o próprio subsolo, principalmente depois do surgimento de anomalias.
Os jogadores assumem o papel de um batedor e precisam investigar as causas dos terremotos. Além disso, o protagonista, Jim, começa a ter visões de membros perdidos de sua classe, o que o leva a acreditar que alguns deles ainda estão vivos.
Assim, o explorador deve atravessar três níveis em direção ao abismo mais profundo, sendo monitorado pelo Estranho e enfrentando desafios ao longo do caminho.
The Foglands possui uma história narrativa que é contada por meio de interações com NPCs, descobertas no subsolo e as tentativas do jogador (run). A trama se desenvolve gradualmente, incentivando os jogadores a continuarem explorando.
Os diálogos do jogo estão localizados em português, facilitando a compreensão dos jogadores brasileiros. No entanto, alguns menus apresentam problemas de tradução para armas e outros itens.
As dublagens dos personagens estão bem-feitas e transmitem bem a personalidade de cada NPC. Além disso, Jim possui uma voz e interage naturalmente com outros personagens ao seu redor, mostrando interesse em conhecer suas histórias.
Uma mistura de roguelike e RPG
Não é incomum encontrar jogos que misturam elementos de roguelike e RPG, e The Foglands faz isso muito bem. A progressão procedural é bem executada e proporciona uma alta taxa de replay, mesmo em caso de falha. Morrer durante uma tentativa também desbloqueia novos diálogos e interações com o mundo.
Os cenários do jogo são limitados, e após algumas tentativas, os jogadores podem memorizar cada área e saber o que esperar em relação ao loot. Além disso, o jogo apresenta três zonas principais, cada uma com um chefe e uma atmosfera distinta.
No entanto, os problemas graves começam a aparecer aqui. A randomização dos mapas parece ser feita antes de o layout ser gerado, o que resulta em travamentos visuais e falhas no console ao atravessar uma área.
Outro problema é a progressão. Algumas interações com o mapa, como plataformas de piso, podem causar bloqueios e prender o jogador no cenário, dificultando o progresso e levando ao fracasso da tentativa.
Um bug grave também afeta a munição. Se o jogador pausar a animação de recarregar uma arma para realizar outra ação, não será possível mais recarregar.
Quanto ao aspecto RPG, The Foglands possui um sistema de progressão interessante. Durante a tentativa, é possível coletar chaves para abrir armários na sala segura. Cada armário fornece uma Carta do Estranho, que concede vantagens especiais para as próximas tentativas.
Algumas dessas cartas facilitam o gameplay, enquanto outras permitem a criação de builds de sangramento ou elétricas. Os armários também podem conter mapas que revelam salas secretas espalhadas pelo subsolo.
Isso estimula muito a exploração no jogo, tanto para usar as cartas durante as tentativas quanto para encontrar segredos. Os mapas contêm salas escondidas, plataformas de difícil acesso com recompensas, eventos interativos e objetos que podem ser quebrados para obter dinheiro.
Apesar disso, existem problemas que ofuscam completamente as vantagens do jogo. O combate corpo a corpo é confuso e difícil de entender no modo PS VR2, tornando complicado acertar os inimigos.
Além disso, The Foglands não é um jogo visualmente impressionante. Os efeitos de névoa escondem texturas mal trabalhadas nos cenários, os inimigos têm pouca variedade e uma inteligência artificial falha, e existem problemas com a física das armas.
No último ato do jogo, os problemas se intensificam. O design de nível se torna confuso e escuro, e os inimigos quase não são visíveis. A dificuldade em entender o layout do mapa pode causar frustração nos jogadores. Como resultado, será necessário recomeçar tudo do zero.
The Foglands: vale a pena?
The Foglands tem seus pontos positivos no aspecto RPG, mas não pode ser recomendado como um roguelike essencial. Com problemas graves, visual ruim e sem grandes atrativos na realidade virtual, o jogo parece ser diferente do que foi mostrado no trailer de revelação.
O jogo também não é recomendado para proprietários do PS VR2 devido ao seu preço alto na PS Store. Existem opções muito mais interessantes e imersivas disponíveis por um preço muito menor do que R$ 187,90.
The Foglands também suporta o modo FPS no PS5, mas essa experiência destaca ainda mais os problemas de texturas e design de nível. Portanto, o jogo só vale a pena se estiver em promoção e custar menos de R$ 50.
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