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Review Mortal Kombat 11 - Scorpion Retorna No Jogo Mais Sanguinário Da Série


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Quando Mortal Kombat apareceu, pela primeira vez, em 1992, o game causou muita polêmica pela violência excessiva, fazendo justiça ao seu nome. Após 27 anos, Mortal Kombat 11 eleva o seu próprio patamar sanguinário e traz um game de luta brutal, mas versátil, altamente customizável e bem amigável com novatos em jogos de luta. Veja, a seguir, nosso review deste banho de sangue digital disponível para PS4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. O game traz legendas e áudio em português do Brasil.

Mortal Kombat 11 – Review

De uma maneira geral, Mortal Kombat 11, desenvolvido pela NetherRealm Studios e publicado pela Warner Bros, traz no pacote tudo o que os jogadores veteranos da franquia já conhecem sobre suas mecânicas e controles. Além, é claro, do delicioso (podemos assim dizer) humor negro, misturado a sangue e tripas, tão icônico da série. Fico imaginando de onde os desenvolvedores tiram inspiração para tão rica combinação de detalhes ao se finalizar um oponente da forma mais cruel possível.

É cérebro no espeto, lutadores sendo empalados com estacas de sangue, uma martelada na cabeça que faz o crânio do personagem sair pelo… Pelas costas e por aí vai. Um maravilhoso espetáculo “gore”, para quem gosta do estilo (eu, por exemplo).

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Mesmo o jogo sendo sustentado pela sua fórmula clássica, e que ainda dá muito certo, Mortal Kombat 11 traz novos modos de batalhas e customização de estilos de luta como nunca visto na franquia, o que dá um novo ar ao gameplay e te faz jogar por mais tempo.

MK 11 está um pouco mais lento que jogos anteriores, especialmente em relação a Mortal Kombat X. Mas não vejo isso como algo negativo. Isso te incentiva a ser mais estratégico. Não existe um botão para correr, por exemplo, e a velocidade para andar também foi reduzida, o que te faz focar mais em posicionamento correto e acerto dos combos do que, propriamente, correr como um louco pelo cenário. As lutas agora estão mais táticas e pedem mais destreza do jogador para atacar e contra atacar, ao invés de contar apenas com velocidade.

Vem aqui novato, vamos conversar…

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Uma das várias coisas que me chamaram a atenção em Mortal Kombat 11 é como o jogo é amigável com novos jogadores, tanto da série quanto em jogos de luta. No entanto, isso não quer dizer que o game esteja fácil. Apenas significa que ele permite que novatos tenham condições de aprender, aos poucos e com exercícios num modo à parte, os controles de uma maneira bem mais suave.

Existe o nível de dificuldade “Super Fácil”, por exemplo. Não que seu oponente vá te machucar menos. A pancada vai doer da mesma forma, a diferença é que o tempo de ação e reação do seu inimigo vai demorar bem mais. Quanto mais difícil o nível escolhido, menor será esse tempo de reação e maior será a combinação de combos do adversário.

Mesmo com o tutorial ensinando movimentos básicos, como bloqueios, alguns combos e interações com o ambiente, além de também ensinar golpes avançados, como Fatalities, novos jogadores podem se confundir, já que são muitas informações a serem aprendidas ao mesmo tempo.

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Acredito que este tutorial funciona melhor como um guia de consulta para golpes, do que propriamente algo que você aprenderá tudo de imediato. Só mesmo o tempo jogando vai te ajudar a memorizar as combinações possíveis de botões, assim como funciona em qualquer jogo de luta. É preciso treinar (muito) para aprender.

Ao completar os tutoriais, assim como quase todas as atividades em MK 11, você ganhará koins (a moeda principal do jogo). Se completar todos os tutoriais, você desbloqueia a voz do Shao Kahn, como narrador principal das lutas!

Nova vilã e crise temporal

Você pode jogar o modo campanha (apesar de não ser obrigatório) de MK 11 para entender o que está acontecendo no mundo, após a derrota do deus ancião, Shinnok. Uma nova vilã surgirá e é ninguém menos que a guardiã do tempo Kronika, que tem a ambição de trazer o equilíbrio entre o bem e o mal – alterando as linhas do tempo de várias realidades – e pouco se importando com as consequências. Para isso, ela pretende apagar toda a história dos mundos e recomeçar o tempo do zero.

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Para tentar impedir seu plano apocalíptico, você irá assumir o controle de vários lutadores (do passado e presente), ao longo de 12 capítulos, para deter o exército do recém ressuscitado Shao Khan e dos aliados corrompidos de Kronika e, assim, impedir que a realidade seja apagada.

Sobre esse modo história é bom preparar a pipoca, pois você passará 80% do tempo assistindo cutscenes. Dá para entender o que quiseram fazer com esse modo campanha. Ele é uma forma interessante, por mais que tenha uma hora que fica extremamente cansativo, de apresentar os antigos e novos personagens para os jogadores dentro de um contexto (maluco).

Não ficou ruim, imagino até que tenha dado um trabalho absurdo para juntar o background de vários lutadores num roteiro só, mas chega num momento em que você só quer ver o fim. Felizmente, não é obrigatório jogar direto a campanha e você pode fechá-la aos poucos. O modo história não bloqueia nenhum outro recurso do game. Concluir as lutas aqui também rendem itens consumíveis e koins. Se fechar a campanha, você irá desbloquear a lutadora Frost, como personagem jogável, além de dois novos cenários.

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Mortal Kombat 11 traz vários lutadores (antigos e novos) para seu arsenal. Todos eles com habilidades e fatalities únicos. Dentre os personagens jogáveis disponíveis estão: Scorpion, Sub-Zero, Raiden, Sonya Blade, Liu Kang, Kung Lao, Johnny Cage, Cassie Cage, Jax Briggs, Jacqui Briggs, Kitana, Skarlet, Baraka, Kano, D’Vorah, Kabal, Jade, Erron Black, Kotal Kahn, Noob Saibot, Frost (desbloqueada ao fechar o modo campanha) e Shao Kahn (desbloqueado para quem comprou o jogo antecipado).

Além destes, chegam agora os novos combatentes: Geras, um dos lacaios de Kronika que consegue manipular o tempo; Cetrion, a Deusa Anciã da Virtude e guardiã da vida; e Kollector, servo de Shao Kahn que enriqueceu às custas da miséria do povo da Exoterra.

Gameplay com novidades e muita customização

O gameplay de MK 11 traz algumas novidades, como a “lentidão calculada” que falei antes, em relação a jogos anteriores, e o Fatal Blow. Esse especial, que desencadeia um super golpe em câmera lenta que pode até acabar com a luta, fica disponível sempre que a vida de um personagem (seu ou do seu oponente) fica abaixo dos 30%.

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Você só pode usar esse último recurso, para tentar vencer uma partida, uma vez a cada luta (se ele for bem sucedido e acertar o oponente). Se o Fatal Blow errar ou for bloqueado, você terá que esperar um tempo até poder usá-lo de novo. Isso se você sobreviver o suficiente para uma nova tentativa. Lembre-se que sua vida está por um fio.

Fique também atento a itens brilhantes no cenário, que podem ser usados para atacar um adversário. Sempre que possível, tente ampliar movimentos especiais para um ataque mais longo e devastador. Ao final de um combo, se você tiver o timing perfeito, é só apertar um botão (no caso do PS4, onde o jogo para este review foi testado, o R1) para engatar um último golpe especial ao seu combo. Esse “timing correto” varia para cada combo e lutador, sendo assim, tem que treinar mesmo.

Se tiver a oportunidade de jogar num controle arcade, do tipo fliperama, é uma boa também. Parte deste review foi jogado no Razer Panthera e a experiência foi bem satisfatória. Só tive alguns problemas iniciais para memorizar as novas posições dos botões (especialmente o específico para defesa) e o movimento certo do stick para pular na direção que eu queria. Sonho um dia encontrar um controle de arcade um pouco menor, para que pessoas com mãos pequenas (como as minhas) consigam alcançar melhor os botões sem sofrer tanto.

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Ainda falando de jogabilidade, é possível personalizar quase tudo neste jogo: desde parte da aparência do seu personagem, a comportamento de lutadores controlados pela CPU, seus próprios golpes, armas, ícones, peças de armaduras e etc. E isso é bem interessante, pois torna cada luta ainda mais imprevisível. É aquele Scorpion que você cria, treina e veste para chamar de seu, por exemplo.

Os itens colecionáveis que você consegue em diversas atividades pelo jogo, especialmente na Cripta (que falaremos a seguir), também te ajudam a customizar seus lutadores. É possível desbloquear partes de armaduras, fórmulas para criar armas novas e por aí vai. Os principais itens que você pode coletar são: koins, que você ganha em quase tudo no jogo; fragmentos de alma, ao vencer uma partida em qualquer modo; e corações, que você ganha ao matar um oponente com um Brutality ou Fatality.

Contos da Cripta

A Cripta (ou Kripta, ou Krypt) retorna, após debutar em Mortal Kombat 9, e foi reformulada. Nesse modo, você controla um personagem sem nenhum propósito muito claro na vida – a não ser explorar a ilha do mago Shang Tsung atrás de tesouros. Vale dizer, logo de cara, que esse modo é um grinding na essência da palavra. Você, literalmente, precisa desbloquear caminhos para abrir mais baús e coletar cada vez mais riquezas.

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laro que nada disso é de graça e você precisará, principalmente, das centenas de koins que está coletando, desde que começou a jogar, para abrir essas arcas dos tesouros – cada uma delas custando mais caro que a outra para abrir. Há alguns prêmios que apenas são desbloqueados com um número x de corações ou fragmentos de almas também.

Ao longo da sua exploração, você encontrará equipamentos que te ajudarão a ultrapassar obstáculos e abrir caminho para novas áreas. A cada novo local desbloqueado, o jogador é premiado com itens especiais. Na Cripta, também é possível encontrar artesãos que trocarão itens específicos por outros melhores, além de forjas e altares para doar koins em troca de benefícios. Em resumo, vez ou outra dê uma passada por lá. Vale a pena para garimpar um tesourinhos.

Escalando as Torres

As Torres são velhas conhecidas dos fãs de Mortal Kombat e agora elas retornam em duas modalidades: Klassic Towers e Towers of Time.

No modo Klassic Towers, você tem a experiência Mortal Kombat mais tradicional possível. Escale a cada novo andar da torre, ao derrotar um oponente, e encare um desafio maior ao final. Escolha a dificuldade e caia para luta. É possível também usar consumíveis (coletados como prêmios ou na Kripta) antes de cada partida, menos em boss fights.

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Esses itens causarão danos aos adversários, quando ativados durante a luta, ou te darão alguma proteção. No modo offline, ao pausar uma partida, você sempre pode checar um resumo dos botões dos golpes especiais e fatalities do seu lutador.

Vencer confrontos e completar desafios, durante os combates, também te garantem bônus. Seus equipamentos ganham XP e ficam mais fortes conforme você vence também. O interessante de completar as torres, jogando com todos os personagens, é ver o final único de cada lutador.

A ideia das Towers of Time é bem parecida com as clássicas. A diferença é que, neste modo mais desafiante, algumas partidas terão modificadores que vão ajudar o seu oponente, como lutas com o efeito de chuva ácida, por exemplo. Completar ambos os modos das torres garantem prêmios especiais.

Pancadaria (virtual) entre amigos

Um game de luta não faria honra ao gênero se não tivesse um modo 1 contra 1 local, para você jogar contra algum amigo (ou inimigo também, sem preconceitos). Em MK 11, além desse tradicional modo de jogo, você também pode participar de partidas rápidas 1 x 1 contra a CPU (esse é o modo mais descompromissado de todos) e jogar Torneios contra outras pessoas (mas com os modificadores de torneio ativados).

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Jogar online também é uma opção e você pode participar de partidas casuais, como também rankeadas. Convide um amigo para um confronto numa sala particular e, ainda, crie ou se una a salas onde jogadores estão buscando pessoas para disputas específicas.

Há também um esquema de times, onde você envia seus lutadores customizados para lutar contra os lutadores personalizados de outros jogadores. Nesse caso, ambos os times são controlados por uma IA e vence a equipe melhor preparada.

Mortal Kombat 11 wins! Fatality!

Com uma abordagem mais amigável para novatos, MK 11 traça uma estratégia interessante para abraçar novos fãs, mas sem decepcionar os que já são fiéis ao game. Visualmente, o jogo atende às expectativas e percebe-se toda uma atenção aos detalhes, como dentes quebrados voando, anatomia interna dos lutadores (geralmente espalhada pela tela) e animações dos cenários.

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Nada fora do esperado, em relação à trilha sonora, que continua agradando, e a dublagem em português do Brasil não ficou ruim. Admito, no entanto, que mudei algumas vezes para o áudio original só para ouvir a Ronda Rousey como Sonya Blade. Além do áudio localizado, a versão do jogo para o Brasil também recebe uma skin exclusiva do Kano Kangaceiro (gratuita em todas as edições).

Mortal Kombat 11 é um ótimo presente sangrento para os fãs da série e também para entusiastas de jogos de luta, de uma forma geral. Com centenas de maneiras diferentes de customizar do seu jeito seu guerreiro, além de habilidades e fatalities únicos para cada personagem, o game elevou seu próprio patamar de violência explícita, dor, sofrimento e agonia de seus lutadores de uma forma a dar inveja aos mais sádicos.

Fonte: Tecnoblog

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