“Demonstramos a que o Flamengo veio”, diz Mit sobre vitória contra KaBuM
O Flamengo eSports se recuperou da estreia insalubre no CBLoL neste sábado (16), quando emplacou uma vitória de 2 a 1 na atual campeã brasileira, KaBuM e-Sports. O jogo contou com escolhas inusitadas de campeões, como a surpresa de Kayle e Nunu dos adversários.
O técnico do Flamengo, Gabriel “Mit” Souza, conversou com o Mais e-Sports sobre a primeira vitória do rubro-negro no campeonato, explicou as composições da melhor de três e esclareceu os problemas enfrentados pela equipe na primeira semana.
Dá pra dizer que o Flamengo estreou de verdade hoje?
Sim, dá pra dizer. Vínhamos com uma proposta diferente desde a semana passada: queremos ser um time mais proativo. Acho que hoje a gente demonstrou muito pra que a gente veio. Apesar do segundo jogo ter desandado um pouco, tivemos a postura que o Flamengo quer ter dentro do campeonato, que é essa postura pra cima, de um jogo rápido, um jogo conciso.
Quais erros foram cometidos para que a série fosse estendida para três jogos?
Nosso early game foi muito bom, aplicamos o que a gente queria, mas pecamos na questão da decisão no meio do jogo; faltou um turning point, alguém para tomar a iniciativa e fazer algo. Acabamos enrolando muito no segundo jogo, mesmo tendo muita vantagem. Teoricamente, em visão e movimentação, estávamos em dia, mas a decisão ficou faltando e foi o que a gente cobrou no terceiro jogo, um pouquinho mais de tomada de decisão. Depois disso, os meninos tentaram fazer mais jogadas, tentaram jogar um pouco mais pra cima, e isso é muito bom porque é a identidade que a gente quer trazer pro jogo.
No primeiro jogo, o draft de vocês tinha o brTT usando o Mordekaiser. Qual era a estratégia nisso?
Mordekaiser e Nautilus têm uma pressão de push muito alta. Então, queríamos garantir essa pressão de empurrar as rotas, para que pudéssemos controlar os dragões, que são a principal fonte de poder do Mordekaiser. Tínhamos campeões de combate corpo a corpo, e o Mordekaiser é muito bom quando tem campeões assim, porque ele dá o escudo e o time vai pra cima. Basicamente, era isso, vimos no meta como a decisão do dragão é importante, porque o meta se define em teamfights, ou seja, lutas e lutas pequenas, então tendo o controle do dragão e da bot lane a gente poderia rodar o mapa a partir daí.
No segundo e terceiro, a KaBuM trouxe a estratégia de Kayle e Nunu. Como counterar isso?
No segundo jogo, faltou iniciativa. A gente tinha o controle, mas não tínhamos a tomada de decisão rápida. Era tudo bem controlado, tudo bem organizado, mas ninguém se portava a fazer alguma coisa. Conversamos no pré-jogo sobre isso, eu dei um alerta neles, falei “olha, faltou essa questão da iniciativa”, e o que fizemos no terceiro jogo foi estabelecer que não podíamos deixar a Kayle bater, precisávamos trabalhar à longa distância e com controle de área. Fomos para isso. O Trundle tem o pilar, que consegue deixar todo mundo parado, tínhamos a parede, o stun e slow da Anivia, o Ezreal com a build azul, que o brTT na hora fez; partiu dele também, fazer a build azul pra poder zonear todo mundo. Então o pensamento foi: “tá bom, não vamos deixar a Kayle chegar na gente”, porque ela tem que chegar. Foi isso.
Os problemas internos de vocês na semana passada foram corrigidos?
Eu acredito que sim. Estamos caminhando ainda, perdemos muitos treinos, então estamos um passinho atrás de todo mundo. Tivemos uma demora pra conseguir encaminhar essa sequência, mas com a sequência demos o pontapé inicial pra começar uma crescente. Esse é o nosso primeiro ponto, precisamos continuar treinando e aí sim continuar evoluindo.
A KaBuM é a atual campeã brasileira. Você acha que eles mostraram todo o potencial de jogo deles ou você esperava mais?
A KaBuM teve uma primeira etapa muito boa, mas teve algumas mudanças. Eu acho que ainda falta um pouquinho eles se encontrarem; não acho que eles deixaram de mostrar potencial, porque eles mostraram uma estratégia nova, mostraram proatividade. É uma questão de se encontrar um pouco mais, porque eles tiveram duas mudanças e o patch tá maluco. Eu acho que essas duas questões desfavoreceram a KaBuM, porque o estilo de jogo deles é um estilo controlado entre meio e selva e, nesse patch, às vezes o meio e selva não são tão importantes. Acho que falta eles se encontrarem, só.
Você tem algum recado para a torcida de vocês?
Queria agradecer todo mundo que me apoia. Quero fazer o melhor trabalho possível, e a gente vai continuar evoluindo e treinando o melhor possível pra poder representar o Flamengo.
Fonte: Mais Esports
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