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Review: Devil May Cry 5


jlaM

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Após 11 anos do último lançamento canônico, Devil May Cry 5 chega com a proposta de determinar o fim da saga dos filhos de Sparda, que teve início com o lançamento do primeiro título em 2001. O aguardado game da Capcom traz aos jogadores o maior desafio já enfrentado por Dante, que desta vez alia-se a Nero -- que estreou em Devil May Cry 4 --, e o misterioso V.

Com a premissa de ser mais um hack 'n' slash da série, o jogo marca o retorno notável da franquia, trazendo excelência em quase todos os aspectos. Deixo claro desde já: não há nada de revolucionário em Devil May Cry 5, mas há certa soberania em relação a outros games do mesmo gênero que deve ser destacada.

Muito disso se deve à utilização do esplêndido motor gráfico RE Engine, que estreou com Resident Evil 7: Biohazard, e mostrou ainda mais potencial no remake de Resident Evil 2. Com isso, tenho de destacar que a franquia Devil May Cry está mais linda do que nunca. O visual deslumbrante vai além do excelente trabalho nos protagonistas, mas também na aplicação de design de inimigos memoráveis e na própria execução dos cenários -- é incrível como o reflexo da luz em uma poça d'água ou a maneira como corpos se desintegram ajudam na imersão.

E por falar em estilo, parte da sensação de empoderamento de Devil May Cry 5 está nas empolgantes trilhas sonoras de cada personagem. Com o aumento gradativo dos níveis de estilo obtidos em combate, a música vai evoluindo e ganhando um ritmo mais frenético e envolvente -- a clássica fórmula sonora de Devil May Cry não deixa a desejar no novo game.

Fatiando, disparando e explodindo

O brilho absoluto de Devil May Cry 5, no entanto, está no gameplay. Afinal, é um hack 'n' slash. Tendo em vista o uso de três personagens jogáveis, a Capcom oferece uma experiência bem construída e continuamente divertida. A presença de diversos protagonistas não é novidade na série, mas, aqui, a maneira como cada um deles é aproveitado prende o jogador, fazendo com que você deseje mais e mais a cada momento.

Com Nero, temos muitas das mecânicas que retornam do quarto título da série, como o Exceed da Red Queen, mas com mudanças no Devil Bringer, já que o braço demoníaco foi arrancado. Agora, o jovem de cabelos platinados utiliza próteses mecânicas chamadas Devil Breakers, criadas por Nico Goldstein, com habilidades diferentes dependendo do tipo escolhido. Tal medida faz com que Nero amplie as possibilidades de gameplay, sem tornar-se excessivamente complexo.

O inédito V traz sangue novo à série, com um estilo de combate diferenciado quando comparado com os rostos que estampam a franquia. O personagem é frágil e, portanto, recebe mais dano a cada golpe que sofre. Por isso, é necessário lutar à distância, usando três invocações para fazê-lo. Sombra é um tipo de pantera negra cujo ataques são focados em melee e com um grau de proximidade maior. Os combos e habilidades deste felino sombrio são estonteantes e, além de absurdamente lindos, poderosíssimos. Grifo é uma ave com poderes elétricos, tem foco em combate à distância, e apesar de prestativo, é menos agradável de assistir do que Sombra. Por fim, V é capaz de invocar um golem chamado Pesadelo usando o poder Devil Trigger -- este utiliza força bruta e energia acumulada para explodir partes do cenário e aplicar dano imenso.

Quando os três são combinados e V consegue se manter salvo de ataques, os combos SSS (Super Sexy Style) são quase uma certeza. Apesar da acessibilidade oferecida com o personagem, ele passa longe de ser raso. Isso por que as próprias invocações podem ser derrubadas temporariamente, deixando o misterioso homem de bengala vulnerável. Isso adiciona uma camada de complexidade interessante.

Dante, o rosto que marca a franquia, retorna com todo o estilo esperado pelo filho debochado de Sparda. Com um leque razoável de armas (melee e de fogo), as possibilidades de combate são verdadeiramente agradáveis. Aliando isso a quatro estilos de luta diferentes (Swordmaster, Trickster, Gunslinger e Royal Guard), o personagem torna-se exponencialmente mais complexo e mais diversificado conforme você investe em habilidades para melhorá-lo.

É um prazer indescritível e extasiante destroçar seus inimigos enquanto alterna entre a motoserra (motocicleta + serra elétrica) dupla Cavaliere, poderosas espadas (cujos nomes não serão citados para evitar spoilers), a abrangente King Cerberus revezando com disparos das belíssimas Ebony & Ivory, o arriscado Dr. Faust, e a poderosa Coyote-A. Do mesmo modo é muito agradável trocar entre estilos, ora para ter um leque maior de golpes, ora para bloquear ou desviar de ataques inimigos. Apesar de todo o arsenal, admito que senti falta de algumas armas que marcaram os games prévios, como a famosa Nevan, a guitarra literalmente elétrica. No entanto, Dante representa o ápice da perfeição de gameplay em Devil May Cry 5.

Por que tanta violência?

Todo o extermínio de demônios tem um propósito, além de ser genuinamente divertido e aceitável sob um compasso moral. E é aí que a narrativa de Devil May Cry 5 entra em ação. Talvez este seja o título mais misterioso da franquia, deixando quaisquer grandes revelações para o fim do game. Entretanto, a construção da narrativa e o fato da história ser contada de uma forma não-linear, auxilia e muito na compreensão. O jogo também traz algo memorável: você sabe e sente que tudo está acontecendo simultaneamente. Deixe-me explicar:

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Ao longo do jogo, os personagens trilharão o mesmo caminho, porém por trajetos diferentes. Assim, é possível ver Nero ao fundo do cenário lutando enquanto você joga com V, por exemplo. Se já não jogou aquela parte com Nero, eventualmente vai jogar. Isso acontece graças à forma não-linear como a história é contada; com isso, é possível ver os "mesmos" acontecimentos sob diferentes perspectivas.

O enredo em si não apresenta nada de inovador, mas por causa do mistério citado anteriormente, o jogador acaba por se amarrar ao game, querendo saber mais a cada missão que passa. Devil May Cry 5 também conta com a icônica comédia da série, usando o sarcasmo de Dante e a constante chacota de Nero. A invocação Grifo também tem momentos de destaque cômico ao lado de Nico Goldstein, neta da armeira Nell que construiu Ebony & Ivory. A história é complementada por cartas e arquivos realmente construtivos, que não servem apenas para preencher buracos, mas sim adicionar sustância à mitologia de Devil May Cry.

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Entretanto, para quem esperou 11 anos criando diversas teorias sobre o que o novo game apresentaria, o desfecho é bastante decepcionante. Sem entregar spoilers, a sensação é que a Capcom não teve ousadia o suficiente para fazer o que seria digno e simplesmente entregou um final raso e com easter eggs na tentativa de satisfazer alguns fãs. A mim, não agradou. E as referências à série não foram suficientes para engolir o amargo gosto da decepção.

Quem deve jogar este game?

Qualquer jogador que ama um bom e divertido hack 'n' slash vai encontrar um paraíso em mãos com Devil May Cry 5. O game da Capcom reina em termos de gameplay destrutivo, explosivo e, mais importante, estiloso. Os fãs da franquia vão encontrar quase tudo que esperariam de um jogo pelo qual tiveram que aguardar 11 anos para ser lançado, mas podem se decepcionar com a forma como produtora decidiu encerrá-lo. No entanto, aquele ditado popular cabe bem aqui: "A felicidade não está no fim da jornada, e sim em cada curva do caminho que percorremos para encontrá-la".

O VEREDICTO

Devil May Cry 5 marca um retorno excepcional da franquia iniciada em 2002, e também o dito "fim da saga dos filhos de Sparda". Em termos de jogabilidade, o título é soberano a quase todos os outros games do gênero hack 'n' slash -- seja pelas individualidades de cada personagem, seja pela variedade incrível disponível quando consideramos o trio como um grupo. Aliado ao motor gráfico RE Engine da Capcom, despedaçar demônios banhado a sangue com poderes inenarráveis pode ser uma das experiências visuais mais surpreendentes desta geração. O game consegue prender o jogador até o fim com gameplay incrível e construção narrativa bem executada, mas deixa a desejar aos fãs que aguardavam uma decisão mais ambiciosa para a forma como o enredo termina.

Fonte: IGN Brasil

4 Comentários


Comentários Recomendados

19 horas atrás, psxstation disse:

Amanhã lança em disco, louco para colocar minhas mãoes nele...rs

Hahaha!!

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doido pra chegar as ferias do meio do ano pra jogar, vida ta muito corrida, pelo menos se livro da faculdade ai caiu matando kkk

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